A terceira maior cidade da Polônia, Cracóvia pode ser o paraíso ou o inferno. Por quê? A poucos quilômetros daqui fica Wadowice, cidade onde nasceu o Papa João Paulo II. A poucos quilômetros ao sul dali, a cidade de Oswiecim, mais conhecida como Auschwitz, o inferno onde Hitler condenou 2 milhões de pessoas à morte.

Conhecer as duas torres da Basílica de Assunção da Nossa Senhora, chamada também de Igreja Mariacki (de Santa Maria), dizem que lá você escutará o som da trompa a cada hora em homenagem a um soldado que avisou ao som de um trompete sobre a invasão dos tártaros, mas acabou morrendo com uma flechada. A cidade é conhecida como a cidade das igrejas.As igrejas compreendem mais de 120 locais de culto, dos quais mais de 60 foram construidos antes do século 20.Haviam pelo menos 90 sinagogas, mas a maioria foram distruidas pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial
A grande praça central de Cracóvia serviu para os mais variados propósitos: de revoltas populares e execuções públicas a pronunciamento de reis e visitas do Papa.

O Castelo Real, no Monte Wawel. Construído na primeira metade do século 16, o castelo entrou em decadência depois que a Corte se mudou para Varsóvia. No século 19, o lugar foi utilizado para abrigar um pelotão austríaco e no século 20, a prefeitura assumiu-o novamente e iniciou as obras de restauração. É possível visitar os aposentos reais, a Sala do Arsenal e Tesouro da Coroa e a coleção Oriente no Wawel. Nos porões do castelo, existem as ruínas de uma antiga igreja (no domingo a entrada é gratuita). A catedral de Cracóvia também fica no monte e abriga os túmulos de reis polacos. O seu interior é belíssimo. A lâmina de ouro que revestia uma das cúpulas da catedral foi saqueada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso hoje, uma continua com o revestimento original em ouro e a outra não.

Foi em um gueto construído do outro lado do rio Vístula, no bairro de Podgórze, que os nazistas prenderam, entre 1941 e 1943, aproximadamente 17 mil judeus de Cracóvia. Um dos muros continua de pé. E ainda resiste como espaço aberto, a Praça Zgody, de onde saíam os comboios, lotados de prisioneiros, em direção aos campos de concentração abertos na região.
Em 1978 a UNESCO colocou Cracóvia na Lista de Patrimônio da Humanidade
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